Um filtro de partículas diesel, às vezes chamado de DPF ou FAP, é um dispositivo acoplado ao sistema de escape que serve para eliminar as partículas de fuligem dos gases de escape de um motor diesel.
Como Funciona:
Ao contrario de um catalisador, em que os gases passam por canais abertos nos monólitos cerâmicos ou metálicos, no filtro de partículas a fuligem fica presa e em seguida é eliminada, por um processo de regeneração. Esse tipo de filtro consegue eliminar até 85% da fuligem e em algumas situações de condução quase 100%.
Como qualquer filtro que retêm impurezas, estes dispositivos também precisam ser limpos regularmente. A forma de fazer esta regeneração do filtro, varia de acordo com a tecnologia usada pelo fabricante do automóvel em que o filtro está instalado.
O combustível, juntamente com o LUBRIFICANTE CORRETO, têm papel importantíssimo no processo de eliminação desta fuligem.
PROCESSOS DE REGENERAÇÃO
Existem 2 processos de regeneração do filtro. A Regeneração passiva e ativa.
Regeneração Passiva
A regeneração passiva é feita em trajetos em auto-estrada ou percursos longos,
em que a temperatura dos gases de escape atinge valores elevados e assim consegue queimar as partículas que ficam retidas nos canais do filtro.
A maior parte dos filtros de partículas, está integrado com um catalisador e normalmente está posicionado perto do motor e para beneficiar das temperaturas mais elevadas e
por isso mais eficientes
na regeneração do filtro. Além disso, os filtros da nova geração são revestidos por uma
camada de platina nos canais, de forma a que os gases, ao passarem
através das paredes porosas do filtro, aumentem a temperatura no filtro para acelerar a queima e a eliminação das partículas.
Regeneração Ativa
Existem vários métodos de regeneração ativa. O mais clássico é baseado na combustão da fuligem, através do aumento da temperatura dos gases de escape na entrada do filtro. Nesse processo vários sensores medem a pressão antes e depois do filtro e enviam essa informação para a CPU do carro,
que por sua vez determina uma certa quantidade de gasóleo não queimado
para ser enviada a linha de escape, elevando a temperatura do gás e iniciando o
processo de regeneração do filtro de partículas. Este processo chama-se pós-injeção.
Alguns modelos de filtros, incluindo os do grupo PSA requerem a adição de um
aditivo de combustível para diminuir a temperatura de combustão de fuligem contida
no filtro, de forma a facilitar a regeneração. Normalmente são filtros de partículas que ficam posicionados mais longe do motor e por isso a sua temperatura de funcionamento é menor, por isso
é necessário o uso destes aditivos que baixam o ponto de ignição das partículas em 150º tornando possível a sua rápida combustão.
SUBSTITUIÇÃO DE UM FILTRO DE PARTÍCULAS
Os filtros normalmente são substituídos entre os 80 000 km e os 200 000 km conforme o veiculo,
quando se detecta que o filtro de partículas já não consegue se regenerar ou por alguma situação no motor ou sensores que tenha danificado irremediavelmente o filtro.
EVITAR
Os percursos urbanos frequentes ou o uso pouco frequente do carro, fazem com que os
filtros não atinjam a temperatura ideal para regenerar as partículas que ficam presas neles,
o que vai fazer com que o carro vá perdendo rendimento e aumentando o
consumo de combustível.
Óleos lubrificantes não recomendados, combustíveis com
alta concentração de enxofre, alterações nas centralinas e
reprogramações devem ser evitados para a correta manutenção desse tipo de filtro
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